(Chart, Grigorenko, & Sternberg, 2008)
Adaptação portuguesa: Ana M. Salgado, Alexandra M. Araújo, José Fernando Cruz, & Leandro S. Almeida
Objetivo: Assente na Teoria Triárquica de R. Sternberg, a Bateria Aurora é constituída por um conjunto de instrumentos (provas de papel e lápis, entrevistas, listas de verificação, escalas e protocolos de observação) concebidas para a identificação da sobredotação. A bateria destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 9 e 12 anos, de diferentes estratos socioeconómicos e etnias, e constitui-se como um auxiliar na tomada de decisões educativas ao permitir identificar áreas fortes e fracas. A bateria Aurora-a, prova de aplicação coletiva, é constituído por 17 subtestes agrupados pelas dimensões da inteligência (analítica, prática, criativa) e pelos conteúdos dos itens (figurativos, verbais, numéricos). Atualmente, vários países, incluindo Portugal, desenvolvem estudos de adaptação e validação da bateria Aurora-a, procurando uma alternativa aos tradicionais testes de inteligência, em particular na identificação de alunos com altas capacidades ou caraterísticas de sobredotação.
Estudos de validação: Reportando aos estudos em Portugal, os indicadores de precisão dos subtestes das dimensões prática e analítica são bastante positivos (coeficientes entre .54 e .87). Relativamente à validade preditiva do instrumento, verificam-se correlações positivas e moderadas entre o desempenho nos subtestes e o rendimento académico dos alunos. Os coeficientes mais elevados parecem estar associados à aproximação dos itens aos conteúdos curriculares. Considerando apenas as dimensões analítica e prática, os fatores isolados não agrupam os subtestes em função do tipo de inteligência, nem em função do conteúdo dos itens, o que fragiliza a fundamentação teórica e a sua representação nas provas, sugerindo a necessidade de novos estudos. Concluído o treino de juízes e a cotação dos subtestes com itens de resposta aberta, será possível prosseguir com os estudos, incluindo a dimensão criativa nas análises fatoriais.
Utilização: A bateria inclui manual de instruções e procedimentos de cotação.
Contato dos investigadores dos estudos em Portugal
Ana M. Salgado, Universidade do Minho. E-mail: a56459@alunos.uminho.pt
Alexandra M. Araújo, Universidade do Minho. E-mail: alexandra.araujo@ie.uminho.pt
José Fernando Cruz, Escola de Psicologia, Univ. Minho, E-mail: jcruz@psi.uminho.pt
Leandro S. Almeida, Instituto de Educação, Univ. Minho, E-mail: leandro@ie.uminho.pt
Bibliografia fundamental
Chart, H., Grigorenko, E. L., & Sternberg, R. J. (2008). Identification: The Aurora Battery. In J. A. Plucker & C. M. Callahan (Eds.), Critical issues and practices in gifted education (pp. 345-365). Waco, TX: Prufrock Press.
Salgado, A. M., Araújo, A. M., Martins, V., Silva, M., & Almeida, L. S. (2013). Bateria “Aurora”: Estudos exploratórios de adaptação e validação em Portugal. Psicologia, Educação e Cultura, 17, 67-86.
Salgado, A. (2014). Novos contributos na avaliação da inteligência: Bateria Aurora (Tese de mestrado não publicada). Escola de Psicologia, Universidade do Minho, Braga.
Tan, M., Aljughaiman, A., Elliot, J., Kornilov, S., Ferrando-Prieto, M., Bolden, D. … (2009). Considering language, culture, and cognitive abilities: The international translation and adaptation of the Aurora Assessment Battery. In E. Grigorenko (Ed.), Multicultural Psychoeducational Assessment (pp. 443-468). New York: Springer.